sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Tudo o que você precisa saber sobre Piso e Porcelanato!!!!


Olá queridos, quem nunca teve dúvida na escolha dos pisos e revestimentos na hora de construir ou reformar. Afinal qual a diferença entre as peças de cerâmica e as de porcelanato? Pois, apesar da cerâmica e o porcelanato terem suas semelhanças, eles estão longe de serem parecidos.

1.Processo de fabricação


A primeira diferença é no processo de fabricação, que vou apresentar de uma forma bem resumida:

  •  A peças cerâmicas são compostas por uma mistura de argilas que passam por um processo de prensagem ou de extrusão e passa pela queima a uma temperatura de até 1200 °C (graus Celsius). Depois da prensa, as placas também conhecidas como biscoitos porosos são secas e podem receber em uma face o vidrado “esmalte”, que lhe dá o acabamento final. A outra face é a sua superfície de aderência, destinada ao assentamento, chamada de tadoz. As principais matérias-primas que entram na composição do biscoito são: calcário, caulim, argila, filito, talco, feldspato e quartzo. As propriedades dos materiais acima citados fornecem a plasticidade, a coesão e a resistência necessárias ao produto final. Os materiais são pesados em balanças para compor a mistura ideal da fórmula pré-estabelecida. Os pisos e revestimentos cerâmicos apresentam absorção de água menor ou igual a 6%. 

  • O Porcelanato tem por sua vez um processo tecnológico mais complicado e um resultado mais controlado do que a cerâmica comum. Pois, o mesmo é produzido com uma mistura de porcelana e diversos minerais, passando por uma queima a mais de 1500 °C (graus Celsius) e sua composição garante um resultado mais homogêneo, muito denso, vitrificado, oferece elevada resistência mecânica (suporta alto tráfego), química e baixa porosidade com uma absorção de água menor que 0,5% (menos suscetível a manchas). O rejuntamento seco ou até 2mm é outra característica que possibilita um assentamento diferenciado. 

2. Porcentagem de absorção de água:


Para uma melhor compreensão, vou ressaltar que a cerâmica é composta de 30% de rocha e 70% de argila, o porcelanato conta com 70% de rocha e 30% de argila em sua composição. Logo, podemos ver de uma forma clara a diferença na composição, e esse é também o motivo da diferença grotesca de porosidade entre eles, sendo a cerâmica responsável por absorver 6% de água e o porcelanato apenas 0,5%.

A taxa de absolvição de água dos pisos cerâmicos e porcelanato é o que determina a junta de dilatação dos mesmos, tendo em vista que o porcelanato absorve no máximo 0,5%, logo as juntas de dilatação serão bem menores que as dos pisos cerâmicos. É muito importante utilizar a junta de dilatação que determina o fabricante, para os pisos cerâmicos o mais indicado é a de 5mm (existem exceções), já os porcelanatos variam de junta seca até 2mm.

Para quem não entende a utilidade da junta de dilatação e porque varia a espessura das mesmas, vou dar um exemplo simples, tanto o piso cerâmico e alguns porcelanatos trabalham (digo alguns pois existem porcelanatos que não necessitam de junta de dilatação, podendo assentar um colado no outro), o que quero dizer com isso é que dependendo da temperatura eles expandem ou se contraem. Vamos supor que eu compre piso cerâmico para colocar na minha casa e não utilize a junta de dilatação, logo assento os pisos cerâmicos um colado no outro sem folga, é provável que quando os “Biscoitos” ou placas cerâmicas se expandam e não tenha espaço para trabalhar as placas rachem. Também pode ocorrer de algumas peças descolarem devido a força aplicada das extremidades para o centro.

3. Resistência à abrasão:


Quando forem comprar revestimentos cerâmicos ou porcelanatos esmaltados além da procedência e qualidade, é de suma importância verificar sua classificação quanto à resistência da superfície, que é indicada pela sigla PEI (Porcelain Enamel Institute). Essa marcação, ou sigla PEI indica a resistência a abrasão (desgaste), que é determinada pela durabilidade do esmalte em relação ao tráfego.

Obs: Especifico acima o porcelanato esmaltado pois o porcelanato técnico (polido) não tem PEI, e o mesmo avalia o tipo e a qualidade do esmalte.


Resistência dos porcelanatos esmaltados


O PEI define a resistência e a qualidade do acabamento esmaltado dos porcelanatos. Quanto mais baixos os PEI’s, mais frágeis são os esmaltes, o nível máximo da classificação é o PEI 5 que possui o esmalte mais resistente e maior resistência a abrasão.
Já os porcelanatos técnicos não são classificados pelo PEI, pois não são esmaltados, uma vez que o PEI avalia o tipo e a qualidade do esmalte.

  • PEI 1: São os materiais mais delicados, geralmente indicados apenas para paredes, pois não suportam praticamente atrito nenhum.
  • PEI 2: Também mais indicados para paredes, como azulejos, embora sejam admitidos em pisos de locais com bem pouco tráfego.
  • PEI 3: A partir deste nível pode ser utilizado em pisos internos e residências.
  • PEI 4: Ideal para locais onde a passagem de pessoas é um pouco maior, como entradas e corredores.
  • PEI 5: É a melhor opção para ambientes externos, garagens, calçadas, além de ambientes comerciais e locais onde se arrastam com frequência objetos e móveis.

  

Resistência Pisos Cerâmicos: Escolha o Índice PEI


Quanto maior o número de PEI, mais resistente é o esmalte. Mas para definir qual o melhor PEI para a sua obra precisa, devem ser levadas em consideração algumas informações, sobre o local onde o item será aplicado, como a intensidade do tráfego de pessoas na área, o uso (piso ou parede) e se é interno ou externo.

O tráfego (movimentação) de pessoas e/ou objetos sobre a superfície cerâmica esmaltada causa desgaste do esmalte. O Índice PEI classifica as cerâmicas esmaltadas de acordo com a resistência a este desgaste, por isso, o Índice PEI aplica-se somente aos pisos.
Na hora de escolher a cerâmica adequada é necessário não podem esquecer de pensar: em que ambiente ela será instalada? A qual a intensidade de fluxo do local a mesa será submetida e qual a frequência de uso? (pessoas, veículos, ...). E não esquecer que os ambientes comerciais, tem um maior fluxo de pessoas.
 

Classificações PEI e onde utilizar:
 
  •   PEI 1 - Baixa: indicada para locais onde anda-se com chinelos ou pés descalços estas, logo essas cerâmicas podem ser utilizadas em pisos de quartos e banheiros residenciais como lavabos, (não são recomendadas para ambientes que exigem limpeza pesada e constante, e são mais adequadas para usar como azulejo); 
  • PEI 2 - Média: Com exceção das entradas da residência e a cozinha podem ser utilizadas em ambientes residenciais onde geralmente caminha-se com sapatos;
  • PEI 3 - Média/Alta: Apesar das cerâmicas com esse PEI poderem ser utilizadas em pisos de ambientes internos residenciais como cozinhas, corredores, halls, sacadas e quintais. Estas cerâmicas não devem ser utilizadas em locais que tenham areia, ou outros materiais mais duros que esta, como sujeira abrasiva; 
  •   PEI 4 - Alta: este é um piso que resiste ao alto tráfego e pode ser utilizado tanto em áreas internas, como externas. Exemplos: residências, garagens, escritórios, restaurantes, lojas, bancos, entradas, caminhos preferenciais, vendas e exposições abertas ao público e outras dependências. 
  • PEI 5 - Altíssimo (e sem manchas após abrasão): Este piso é ideal para áreas externas. Pode ser utilizado em residências, áreas públicas, shoppings, aeroportos, padarias e fast-foods.


OBS: Pode ser utilizado em paredes as cerâmicas indicadas para pisos (PEI 1, 2 e 3), mas não o inverso.

4.Impermeabilidade & Resistência


No início da postagem já falamos da absorção de água, mas aqui será abordado um outro aspecto. Tendo em vista que as placas cerâmicas também são classificadas de acordo com o grau de absorção de água, quero ressaltar que estes diferentes níveis interferem diretamente em suas características, ou melhor dizendo na resistência mecânica dos mesmos, por exemplo, está diretamente relacionada a esta propriedade: quando menor a absorção de água, maior sua resistência.

As placas cerâmicas são classificadas em função dos níveis de absorção de água:
 
  •     Porcelanatos: baixa absorção - resistência mecânica alta (BI a - de 0 a 0,5 %)
  •     Grês: baixa absorção - resistência mecânica alta (BI b - de 0,5 a 3%)
  •     Semi-Grês: média absorção - resistência mecânica média (BII a - de 3 a 6%)
  •     Semi-Porosos: alta absorção - resistência mecânica baixa (BII b - de 6 a 10%)
  •     Porosos: alta absorção - resistência mecânica baixa (BIII - acima de 10%)


Dicas  do Blog para Escolher a Cerâmica piso e azuleijo:


Se você quer economizar mais quer comprar um piso cerâmico de boa qualidade eu sugiro que você comece selecionando o piso pela cor do fundo da cerâmica, como demostra as fotos abaixo, pois as cerâmicas com o fundo mais branco têm uma melhor resistência mecânica, isso quer dizer que elas suportam mais peso e são mais resistem aos impactos. Outro fator é que a mesma tem uma menor taxa absorção de água.

Piso cerâmico com fundo Branco de melhor qualidade - Fabricação via úmida!!!!
techne.pini.com.br/

Piso cerâmico com fundo vermelho, de menor qualidade - Fabricação Via seca!!!
http://ricardarte.blogspot.com.br/

Abaixo segue uma tabela com as características e principais diferença desses pisos cerâmicos:

Tabela de autoria da autora.

Acima foi explicado sobre o PEI dos pisos cerâmicos e do porcelanato, eu aconselho comprar no mínimo um piso PEI 4, mas o melhor mesmo é um PEI 5. Apesar da tabela de classificação apresentar o PEI 3 com qualidade média alta, os locais da casa com maior trafego de pessoas vão ficar desgastados em menos de 5 anos e você vai ficar se perguntando porque não escolheu um produto melhor!!!!

Obs: como o tempo essa semana está muito corrido não consegui terminar a postagem e na mesma ainda vou falar do porcelanato polido e outras dicas na escolha do piso da sua construção ou reforma, então fique ligado que vem mais informação aqui!!!



quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Lavanderia em Destak!!!!


Olá queridos, sabe a área de serviço que costuma ser o espaço que todos sempre pensam em esconder, apesar de ser um ambiente tão importante, sempre é deixada de lado, com essas ideias a área de serviço vai ser um lugar para você se orgulhar.

Outro fator que dificulta é o fato de que os projetos residenciais estão cada vez menores, e o espaço destinados a área de serviço são os mais afetados na distribuição dos espaços internos. Compactas, elas precisam ser muito bem planejadas para poderem desempenharem sua função com sucesso. Mas é preciso ter atenção, pois muitas vezes é preciso mudar os pontos de entrada e saída de água para que fiquem abaixo da altura do tampo da máquina.




A bancada de peroba da cozinha se abre e revela um tanque, com torneira escondida ao invés da torneira tradicional foi utilizado o esguicho de jardim o que proporciona maior flexibilidade e aproveitamento do espaço. Ao lado, vem a lava e seca. Eis a área de serviço do apartamento de 65 m² dos arquitetos Tiago Souza e Renata Miron. Estou encantada com esta solução que esconde o tanque de lavar roupa, tendo em vista que os mesmos não são estéticos.



A próxima área de serviço além de bonita é bem funcional, conta com dois cabides para colocar roupas passadas, fixados no armário suspenso, a máquina lava e seca abaixo da bancada, deixa uma boa área de trabalho livre que pode ser utilizada para dobrar roupas e etc… Sem falar no tanque da Deca que é digno de exposição, lindíssimo, de deixar qualquer um de boca aberta.



Sou apaixonada pelo preto na decoração, e deve ser por esse motivo que achei essa lavanderia perfeita, pequena porém funcional. A bancada que apoia a cuba que serve de tanque se estender sobre a lavadora, criando uma área de suporte de roupas e produtos de limpeza. O ideal é fazer a bancada com pedras como mármore, granito, como silestone e corian, por serem impermeáveis e fáceis de limpar.


Na lavanderia acima tem espaço para guardar tudo, super organizada! Já quero uma dessas. É muito importante contratar uma empresa especializada em móveis planejados ou um marceneiro que faça os módulos sob medida. Aproveitando cada cantinho e encher de armários, prateleiras, gavetões e nichos práticos. Se o espaço que você tiver disponível couber solicite uma área interna maior para guardar baldes, produtos de limpeza, e outra vertical como na imagem acima para vassouras e tábua de passar.


Essa lavanderia apesar de pequena é super estilosa, com cabideiro para roupas passadas, armários em baixo da bancada para guardar produtos e limpeza e afins.



A lavanderia acima, além de ser super eficiente é tipo camaleão, quando você fecha a porta ela parece um armário, e fica dentro do banheiro principal super amplo, o vidro que vemos no lado esquerdo é o box do chuveiro. Pelo fato da lavanderia ser embutida aparentemente não ocupa área útil.



Uma solução para as áreas de serviço minúsculas é unir a bancada da cozinha à da lavanderia trocando o tanque por uma cuba, tornando possível criar um armário embaixo facilitando a otimização do espaço.